Programa de sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo é um sucesso

Mais de 35% dos vinhos do Alentejo são agora produzidos com práticas mais sustentáveis, anunciou a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). Este marco foi alcançado no âmbito do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), uma iniciativa pioneira que já certificou 25 produtores e abrange 7.470 hectares de vinha, o equivalente a quase 32% da área total da região.

Com a certificação, atribuída pelos parceiros da CVRA, estes produtores representam 121 milhões de litros de vinho que seguem critérios rigorosos de preservação ambiental, eficiência energética, promoção da economia circular e valorização socioeconómica.

Francisco Mateus, presidente da CVRA, sublinha que «os resultados refletem o compromisso dos produtores alentejanos com a qualidade, os ecossistemas e a sustentabilidade. Queremos continuar a crescer, posicionando o Alentejo como referência nacional e internacional neste setor».

João Barroso, coordenador do PSVA, destaca que o Alentejo é único em Portugal pela sua abordagem sustentável, sendo já reconhecido como um exemplo a nível global. Desde o início do programa, em 2015, o PSVA cresceu para incluir mais de 637 membros, dos quais 25 já certificados. A certificação, iniciada em 2020, envolve auditorias anuais para assegurar o cumprimento de 171 critérios, promovendo o Alentejo como modelo de inovação sustentável no setor vitivinícola.

Abreu Summit destaca crescimento do turismo interno e aposta no enoturismo

Novo Vinha das Romãs Tinto 2022: uma referência do Alentejo

A Ravasqueira acaba de lançar o novo Vinha das Romãs Tinto 2022, consolidando mais uma vez a sua reputação como referência da viticultura alentejana. Este vinho emblemático, produzido a partir de um terroir único nos arredores de Arraiolos, resulta de um lote especial de Touriga Franca e Syrah cultivadas em 7,5 hectares que, outrora, abrigavam um pomar de romãzeiras. As raízes destas árvores, ainda presentes no solo, contribuem para a riqueza e complexidade do ecossistema que dá origem a este vinho singular.

A colheita de 2022 passou cerca de 20 meses em barricas novas de carvalho francês, apresentando-se com uma cor encarnada escura e opaca. No nariz, o vinho revela inicialmente um perfil fechado, mas logo se expande com aromas complexos de frutas pretas, cedro, poejo, especiarias como cardamomo e notas terrosas. Na boca, oferece uma experiência carnosa, com taninos sólidos e elegantes, frescura pronunciada e um final mineral granítico. Um verdadeiro clássico alentejano, poderoso e elegante, como descreve David Baverstock, Chief Winemaker da WineStone: «O Vinha das Romãs Tinto brilha à mesa, mostrando o seu grande valor de prova. Com uma boa capacidade de guarda, é um vinho único, poderoso, mas elegante, com uma personalidade própria oferecida pelos seus solos de origem».

Com um preço recomendado de 20 euros, o Vinha das Romãs Tinto 2022 chega também com uma edição limitada de 100 peças de cerâmica exclusivas, disponíveis apenas na loja de enoturismo da Ravasqueira. Criadas pela ceramista Maria Reis, as peças celebram a história da vinha e as romãs que outrora cresceram naquele talhão. Para compras a partir de 100 euros, incluindo este vinho, uma dessas peças é oferecida aos visitantes, reforçando a ligação entre o vinho, a arte e a tradição.

Além do Vinha das Romãs Tinto, a Ravasqueira também se destaca pela produção do Vinha das Romãs Blanc de Noirs, um branco inovador que utiliza as mesmas uvas tintas do tinto icónico. Ambas as referências têm recebido reconhecimento internacional, com o tinto a acumular mais de 93 pontos na Wine Enthusiast nas últimas 10 colheitas e distinções como ‘Revelação’ no Concurso Mundial de Bruxelas. O Vinha das Romãs Tinto 2022 celebra não só o terroir alentejano, mas também o cuidado e a precisão da viticultura da Ravasqueira, tornando-se mais uma vez uma escolha de excelência para os amantes de grandes vinhos.

Pipadouro fecha 2024 com recorde de passageiros e conquista prémio mundial de enoturismo

A Pipadouro, operadora de turismo fluvial de luxo no Douro, encerrou 2024 com um crescimento histórico de 42% no número de passageiros, recebendo mais de dois mil turistas a bordo dos seus iates vintage, Friendship I e Pipadouro II. Este desempenho reflete a recuperação do setor e o sucesso das experiências únicas que oferece, o que lhe valeu o prémio mundial de Melhor Experiência Inovadora em Enoturismo nos People’s Choice Awards da Great Wine Capitals Global Network.

Com turistas provenientes de 26 países, o mercado norte-americano destacou-se, representando mais de 40% da ocupação, seguido por clientes portugueses (20%) e brasileiros (12,9%). A empresa realizou 415 programas ao longo do ano – um aumento de 39% em relação a 2023 –, incluindo experiências tailor-made e programas como ‘Um Dia no Douro’, que alia navegação e enogastronomia regional.

«2024 foi um ano extraordinário, e este crescimento reflete o reconhecimento do nosso trabalho e do compromisso em oferecer experiências de alta qualidade. Estamos motivados a inovar ainda mais em 2025», destacou Ana Clara Silva, diretora de operações da Pipadouro.

Especializada em experiências personalizadas, a Pipadouro continua a posicionar o Douro como referência internacional no turismo de luxo, promovendo a riqueza natural, cultural e enológica da região.

Granvinhos lança nova referência no Mercado

O grupo Granvinhos acaba de lançar o Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023, o primeiro vinho resultante da parceria entre Anselmo Mendes e Jorge Dias. Este marco chega cerca de ano e meio após a aquisição da histórica Quinta de S. Salvador da Torre, em Viana do Castelo, consolidando a ambição de ambos os enólogos em unir forças para criar vinhos de excelência.

Em 2022, a Granvinhos adquiriu a quinta ao Grupo Soja de Portugal, uma propriedade com mais de 400 anos, situada na margem direita do rio Lima, a apenas 10 km do Oceano Atlântico. Com 37 hectares, dos quais 30 são de vinha, a propriedade beneficia de um terroir único, caracterizado por solos de granito e xisto, e de um microclima perfeito para a produção de vinhos elegantes. «Acredito no futuro do Vinho Verde e, em particular, no potencial das castas Alvarinho e Loureiro. São produtos adaptados aos novos tempos e hábitos de consumo, mas que precisam de ser valorizados através da ligação às zonas de produção e à dieta atlântica, onde Portugal tem uma oferta ímpar», destaca Jorge Dias, Diretor-Geral da Granvinhos.

O novo Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023 reflete todo o potencial da casta Loureiro. Com vinhas plantadas a cerca de 30 metros de altitude e orientadas a sul, conduzidas em cordão royat unilateral e sob modo de produção integrada, o vinho apresenta-se com uma identidade forte e singular.

No copo, o Loureiro DOC 2023 revela-se com cor citrina e reflexos dourados, aromas florais de laranjeira e jasmim, aliados a notas cítricas de toranja. Na boca, destaca-se pela textura consistente, acidez vibrante e um toque salino que o torna fresco e delicado. Segundo a Granvinhos, este vinho tem potencial de guarda até oito anos, sendo ideal para harmonizar com pratos da gastronomia atlântica.

A sustentabilidade e a valorização do território estão no centro do projeto da quinta, que se pretende tornar uma referência nos vinhos verdes. «A nossa visão passa por apostar na qualidade dos produtos, na sustentabilidade ambiental e na preservação do património cultural da região», afirma Jorge Dias.

Com um preço recomendado de 9,49€, o Quinta de S. Salvador da Torre Loureiro DOC Vinho Verde 2023 já está disponível nas principais garrafeiras, restaurantes e na loja online do grupo: www.granvinho.pt.

Cas’Amaro lança Porco Espinho Tinto e Branco 2023, uma homenagem ao Dão

A Cas’Amaro apresenta a nova gama de vinhos Porco Espinho Tinto e Branco 2023, um tributo à rica tradição vitivinícola da região do Dão. Produzidos na Quinta da Fontalta, em Santa Comba Dão, estes vinhos destacam-se pela qualidade, autenticidade e respeito pelo terroir que define a região.

O Porco Espinho Tinto 2023 exibe uma cor rubi intensa, com aromas de frutos vermelhos e suaves notas especiadas. Na boca, revela uma estrutura firme, taninos bem integrados e um final prolongado, características que refletem o blend das castas Alfrocheiro, Tinta Roriz e Jaen. Este vinho é ideal para harmonizar com carnes vermelhas, grelhados e queijos curados, valorizando a experiência gastronómica. Por sua vez, o Porco Espinho Branco 2023 apresenta-se com uma tonalidade limão clara e um aroma floral enriquecido por notas de frutos de caroço. Produzido a partir das castas Malvasia Fina, Cerceal Branco e Bical, este vinho destaca-se pela frescura vibrante e um final equilibrado. Perfeito para acompanhar pratos como peixe assado, arroz de marisco e moluscos, ele é um convite à apreciação da boa gastronomia portuguesa.

A Quinta da Fontalta, com os seus 15 hectares de vinha e um solar histórico, é o cenário ideal para a criação destes vinhos. «Os Porcos Espinho são um reflexo da singularidade do terroir do Dão, combinando frescura e diversidade dos solos. O Tinto é robusto e estruturado, enquanto o Branco traz frescura e aromas vibrantes. A presença de uma colónia de porcos espinhos na propriedade simboliza a conexão entre a biodiversidade local e os nossos vinhos», destaca Ricardo Santos, diretor de enologia da Cas’Amaro.

Comprometidos com práticas sustentáveis, os vinhos Porco Espinho são também vegan, traduzindo o respeito da Cas’Amaro pelo meio ambiente e pelas novas exigências dos consumidores conscientes. A nova gama já está disponível e promete ser um brinde autêntico ao que o Dão tem de melhor.

Regenerative Wine Fest regressa em 2025 com mais sustentabilidade e novos protagonistas

A segunda edição do Regenerative Wine Fest já tem data marcada: 31 de maio de 2025. O evento, idealizado por Luís Serrano Mira, proprietário da Herdade das Servas, e Renato Neves, diretor de viticultura e enologia, regressa a Estremoz com uma abordagem ainda mais abrangente à viticultura regenerativa e práticas sustentáveis.

O sucesso da primeira edição, realizada em 2023, motivou a antecipação no calendário – de setembro para maio –, permitindo que os participantes desfrutem da paisagem e do trabalho nas vinhas num período de maior exuberância. «Queremos que este seja um momento de celebração da sustentabilidade e da inovação no setor», afirmou Luís Serrano Mira.

A edição de 2025 promete novidades, com novos produtores e produtos alimentares regenerativos a integrarem o programa. Até à data, as atualizações serão divulgadas no site oficial do evento (www.regenerativewinefest.pt) e na recém-criada conta de Instagram (@regenerativewine.fest).

O Regenerative Wine Fest estreou-se este ano com a participação de oito produtores de várias regiões – desde a anfitriã Herdade das Servas até à Quinta da Covela, nos Vinhos Verdes – e com uma mostra de cerca de 30 vinhos. Cerca de 130 participantes, entre viticólogos, enólogos e entusiastas, marcaram presença num evento que combinou momentos de descontração com sessões de partilha de conhecimento, incluindo quatro talks conduzidas pelo jornalista e curador Edgardo Pacheco.

O propósito do festival foi claro: promover a literacia sobre práticas agrícolas regenerativas, explorar o seu impacto na criação de vinhos únicos e destacar o papel destas práticas na preservação dos ecossistemas.

O Regenerative Wine Fest reforça-se como um evento de referência, posicionando-se no cruzamento entre vitivinicultura e sustentabilidade. Com uma abordagem que alia inovação, práticas agrícolas de excelência e compromisso com o ambiente, o festival prepara-se para dar novos passos em 2025, inspirando produtores e consumidores a aderirem a este movimento regenerativo.

Novas colheitas na Passarella

As vinhas centenárias da Casa da Passarella, no Dão, continuam a dar origem a vinhos de caráter único, com novas colheitas que perpetuam a sua identidade histórica. Entre os lançamentos, destacam-se as gamas Villa Oliveira e O Fugitivo, ambas em edições limitadas e marcadas pela excelência e inovação. Na linha Villa Oliveira, o Vinha das Pedras Altas 2017, o Vinha Centenária Pai D’Aviz 2018 e o Touriga Nacional 2018 trazem a expressão de vinhas antigas com fermentações espontâneas e longos estágios em tonel, resultando em vinhos frescos, elegantes e de grande potencial de envelhecimento. Já na coleção O Fugitivo, o Pinot Noir 2021 reflete delicadeza e complexidade, enquanto o Espumante Baga 2018 revisita métodos tradicionais, evocando um legado enológico histórico. Estes lançamentos reforçam a essência clássica da Casa da Passarella, num tributo ao conhecimento e ao terroir que a definem.

Luís Ferreira é o novo CEO do Grupo Bacalhôa

O Conselho de Administração do Grupo Bacalhôa anunciou a nomeação de Luís Ferreira como o novo CEO da empresa. Com uma sólida formação em Gestão de Empresas e ampla experiência em áreas financeiras, operacionais e de gestão, Luís Ferreira desempenhou funções de relevo em grandes empresas, como o Grupo Edifer, Motorola e Jerónimo Martins.

Nos últimos três anos, Luís Ferreira trabalhou em estreita colaboração com o Grupo Bacalhôa e os seus stakeholders internos. A partir de agora assume oficialmente a liderança executiva do grupo, um marco que reflete a confiança do Conselho de Administração na sua capacidade de liderar a empresa rumo a um crescimento sustentado e inovador. Segundo o Conselho de Administração, esta nomeação permitirá reforçar o posicionamento do Grupo Bacalhôa como uma empresa de referência no setor do vinho, comprometida com a sustentabilidade e com o impacto socioeconómico positivo que gera na economia nacional e no meio rural. Em declarações, Luís Ferreira expressou entusiasmo e responsabilidade diante do desafio: «É com profundo sentido de responsabilidade e elevada motivação que aceitei o desafio proposto pelo Conselho de Administração para assumir esta função. Reconheço o privilégio de estar à frente de uma equipa como esta, que tanto tem contribuído para o sucesso e para o legado que o Grupo Bacalhôa construiu ao longo dos últimos anos. Acredito que temos a capacidade de dar continuidade a este caminho de crescimento e de alcançar novas conquistas».

Recorde-se que o Grupo Bacalhôa é uma das maiores empresas vitivinícolas em Portugal, com presença em sete regiões vitivinícolas e 935 hectares de vinhas. A empresa destaca-se pela sua capacidade de produção própria em 70% e pela diversidade de castas, que totalizam 33. Com quatro centros vínicos – Bacalhôa Vinhos de Portugal, Aliança Vinhos de Portugal, e Quinta do Carmo –, o grupo alia inovação tecnológica a uma herança cultural rica, oferecendo vinhos reconhecidos tanto no mercado nacional quanto internacional. A nomeação de Luís Ferreira representa um novo capítulo na história do Grupo Bacalhôa, mantendo o compromisso de excelência e inovação que caracteriza a marca.

Nova Adega do Paço do Curutelo Reforça o Enoturismo no Minho

Foi recentemente inaugurada a adega do Paço do Curutelo, em Ponte de Lima, resultado de um investimento de 3,4 milhões de euros pela Xvinus, empresa detida pelos grupos Vila Galé e Madre (de Jorge Rebelo de Almeida e António Parente, respectivamente). Localizada no coração da região dos vinhos verdes, a nova adega possui capacidade para produzir mais de 200.000 garrafas por ano e conta com tecnologia de ponta para gerir todo o processo produtivo, desde a receção das uvas até o engarrafamento.

O Paço do Curutelo, com 57 hectares, inclui atualmente 13 hectares de vinha, com castas como Loureiro, Alvarinho, Avesso e Arinto. Novas plantações estão previstas para 2025, totalizando 20 hectares. O primeiro vinho da marca Paço do Curutelo foi lançado em abril de 2024, representando a sub-região do Lima, onde o Loureiro é a casta principal.

A adega, com arquitetura contemporânea e uma sala de provas com vista deslumbrante, já está aberta ao público para visitas e degustações. Este projeto integra um ambicioso plano de enoturismo, que inclui a futura inauguração do Vila Galé Collection Ponte de Lima Vineyards Historic Hotel, com abertura prevista para abril de 2025. Este espaço contará com 69 quartos, piscinas, restaurantes e um espaço museológico, num investimento total de 20 milhões de euros.

A propriedade, cuja história remonta ao século XIV, inclui ainda a recuperação de um castelo e de edifícios históricos, além de uma capela dedicada a Santo Amaro. Com esta iniciativa, o Paço do Curutelo reafirma o potencial turístico e cultural do Minho, aliando tradição, inovação e enologia.